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Impressões: Real Heroes Firefighter (Wii)

agosto 31, 2009

Esse jogo sempre me pareceu ser, no mínimo, ruim. No entanto Real Heroes é, na verdade, a prova que fotos e vídeos podem enganar, pois é um game bem interessante.

Gráficos e som:

Simples, porém, bastante funcionais. O framerate é estavel, os cenários são bem fiéis a realidade (apesar de pouco elaborados) e o jogo apresenta bons efeitos de fogo (principalmente nas partes em que há fogo com coloração azul).

O som também agrada. Há um ótimo trabalho de dublagem dos personagens,  efeitos sonoros realistas e boas músicas. É um dos pouquíssimos jogos em que o som contribui de forma muito relevante para a imersão, algo raro hoje em dia.

Gameplay:

Sobre os controles, não há do que reclamar. O jogo funciona como jogos de FPS do Wii, usando o pointer, e os controles são intuitivos e respondem bem.  Algumas coisas, como arrombamentos de portas, são feitas usando os sensores de movimento. Mas sempre tem gente reclama disso, então a equipe do jogo, sabiamente, colocou a opção para usar botões nesses momentos.

Mas bons controles não são nada se o jogo não for criativo e interessante, e isso Real Heroes, com toda certeza, é. As fases são bem longas (e cheia de checkpoints) e incluem desafios bastante variados. Há sempre situações diferentes acontecendo e o jogo consegue mater um ritmo muito bom.

Enfim, até agora tô achando esse jogo muito bom. Ele vem de uma produtora totalmente desconhecida, e foi claramente feito usando poucos recursos e orçamento pequeno, mas ainda assim conseguem ser mais interessante e imersivo que muitas superproduções cheias de shaders que existem por aí.

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Review: TV LCD 26 polegadas Sony Bravia M Series KLV-26M400A

agosto 23, 2009

Aqui vai o review da LCD que comprei recentemente. Trata-se de uma Sony Bravia KLV-26M400A da série M, que faz parte dos modelos da Sony lançados em 2008.

Comprei essa TV especificamente pra jogar Wii e, talvez, um Playstation 3 que estou pensando comprar ano que vem – isso depende só da quantidade de propina que eu conseguir juntar. Filmes, animes, etc, eu nem me importo. Pra esse tipo de coisa, tanto faz. Quando baixo, inclusive, dou preferencia ao formato SD pq não quero perder tempo fazendo download coisa grande. Só baixo conteúdo HD quando o mesmo não existe em SD (principalmente animes que eu vejo semanalmente. Muitos saem primeiro em HD).

No caso, não tenho PS3, nem conversor, nem player de blu-ray, o único jeito de ver conteúdo HD nela é usando o computador. Mas eu não vou usar a TV como monitor porque ela é grande demais pra isso. Comprei um cabo que divide o sinal do PC e um cabo de extensão. Mas eles vem da China (a partir do Dealextreme) então vai demorar pra chegar ainda.

Todavia, isso não significa que essa análise não vai ter conteúdo HD. Quer dizer, eu pelo menos tive o trabalho de testar o PC nela pra ver como fica.  Só por curiosidade mesmo.  Então segue a análise:

Como ficou o Nintendo Wii (480p):

Sempre ouvi “mimimi” de que Wii fica ruim em HDTVs, principalmente em LCDs. Gente dizendo que fica “injogavel”, “um lixo”, etc. Tecnicamente falando, nunca vi lógica nesse “mimimi”.  Mesmo assim fiquei com um pouco medo, pois apesar de não ver inteligencia nesse papo, ainda estava meio desconfiado, afinal, a quantidade de pessoas que gostam de repetir essa ladainha é grande. De qualquer forma arrisquei… e me dei bem.

A imagem do Wii nessa LCD fica muito melhor que na minha antiga CRT (que eu até já vendi), e olha que nela eu também usava cabo componente. A definição da imagem e das cores é muito maior. Em alguns jogos eu consegui ver detalhes que na TV antiga eu simplesmente não sabia que existiam. A imagem, definintivamente, está muito mais limpa e agradável. Fora isso, todos os jogos que testei ficaram em wide, o que é muito legal e até mesmo útil no caso de alguns títulos.

E sobre a questão do serrilhado? Isso é o que o pessoal mais reclama. O povo adora falar: “mimimi, aumenta muito o serrilhado”. Minha conclusão sobre isso: BULLSHIT. Só vi aumento significativo de serrilhado em um único jogo: Castlevania Judgment. Em todos os outros o aumento de serrilhado foi pouco ou insignificante (talvez inexistente). Testei cerca de 30 jogos.

Como ficou o conteúdo em 720p:

Como eu havia falado, também testei meu PC nela para ver como ficam os vídeos em alta definição. Foi bem simples. Só ligar o cabo e pronto.

Testei vários vídeos que estavam no meu PC; tanto vídeos com resoluções SD (480p e até menos que isso) quanto vídeos em 720p (e um em 1080p que, claro, foi redimensionado pelo aparelho). Achei o resultado muito bom. Cores vivas e tudo mais. Ficou até melhor que no meu monitor (da Philips).

Como ficou o DVD player:

Também testei DVD em cabo composto. Ficou aceitável. Certamente melhoraria mais se eu tivesse um cabo componente pra DVD., já que melhoraria as cores e ativaria o progressive scan. Se eu tiver saco, um dia eu compro. Não assisto DVDs. Só compro alguns de anime pra colecionar, mas nem assisto porque eu sempre vejo os animes antes de serem lançados aqui no Brasil.

Conclusão:

A TV superou minhas espectativas. Principalmente em relação ao Wii. Eu já esperava ver um aumento de qualidade na imagem dele, mas não esperava que melhorasse tanto assim. O salto foi realmente bem considerável. Também gostei da entrada VGA. Ligar o PC nela é realmente simples. O único contra dessa TV é a falta de uma saída de vídeo (video out), coisa que até mesmo minha antiga CRT tinha. Agora eu preciso plugar o Easycap direto no Wii para capturar imagens, o que é meio incômodo.

Para quem quiser ver como fica, eu montei uma galeria de fotos no Imagehack com imagens de jogos de Wii e vídeos em 720p. Obviamente as fotos são apenas uma aproximação da imagem real. Ao vivo é muito melhor, claro.

Também gravei um vídeo do jogo Excite Truck (as cores estão meio estranhas, mas é coisa da câmera, não do jogo ou da TV):

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Review: The Sky Crawlers

agosto 12, 2009

Meu último review de anime. Também publicado na Animehaus.

The Sky Crawlers é um filme dirigido por Mamoru Oshii (Ghost in The Shell, Patlabor) e baseado numa série de livros escritos por Hiroshi Mori. O anime estreou em festivais de cinema em 2008, recebendo boas críticas. Junto com o filme também foi lançado um jogo para Wii chamado “Sky Crawlers: Innocent Aces”. Este conta com um enredo diverso, mostrando acontecimentos anteriores aos que acontecem na produção para o cinema. Tanto o jogo quanto o filme não se saíram muito bem comercialmente, com pouca repercusão até mesmo dentro da comunidade otaku da Internet.

Apesar disso tudo, ambas as produções são muito boas. O enredo de Sky Crawlers tem como plano de fundo uma guerra num cenário parecido com a Europa dos anos 40 ou 50. Aparentemente o foco dessa guerra está nas batalhas aéreas, e os pilotos dos aviões são, em sua maioria, pessoas denomindas “kildren”. Estes são uma espécie de clones de aparência jovem que estão destinados a lutar nos céus até serem abatidos em combate. Essa guerra em si possui propósitos bastante estranhos, sendo uma espécie de “guerra de fachada”. Mas a explicação para isso você encontra assistindo ao filme.

Mesmo com todo esse rico universo, o roteiro não mantém seu foco nas batalhas, na política ou em qualquer coisa do tipo. O foco da estória está nos personagens (quase todos “kildren”) e nas suas relações, notavelmente complexas e frágeis. O anime explora bastante os diálogos e o lado psicológico dos protagonistas. Há também um pouco de filosofia e sociologia no conteúdo, já que o meio em que os personagens se encontram acaba tendo uma forte influência sobre suas ações.

Em The Sky Crawlers, tudo foi cuidado, planejado e dirigido de forma exemplar. Mas é preciso avisar: o ritmo do anime é bastante lento e o clima, na maior parte do tempo, é extremamente pesado. Também não pense que este seja um filme de ação. Somando tudo, o anime tem apenas uns 15 minutos de cenas de combate – de um total de 2 horas de duração.

Esteticamente, Crawlers se destaca pelo bom uso das cores, pela ótima trilha sonora e, principalmente, pelas fantásticas cenas em CG que, embora poucas, são absolutamente fantásticas.

Pelo seu ritmo lento, diálogos pesados e uma atmosfera não muito amigável, The Sky Cralwers é um filme que não deve agradar a todos. Não estou dizendo que esses sejam pontos negativos, pelo contrário até. A questão é que a maioria das pessoas não tem paciência para esse tipo de produção. Mas se você não se enquadra nesse perfil, pode assistir ao filme sem medo. The Sky Crawlers é, certamente, umas das melhores produções do cinema mundial dos últimos anos.

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Impressões: Dragon Ball Tenkaichi Daibouken

agosto 10, 2009

Esse jogo recebeu nota baixa na Famitsu e tem umas fotos de divulgação bem porcas espalhadas pela internet. Por isso eu  não tava esperando nada de bom dele, mas acabei quebrando a cara. O jogo é realmente muito bom. Abaixo as minhas impressões.

Gráficos e som:

Bem fracos mesmo. Modelagem de personagens e cenários é apenas mediana e o serrilhado come solto no game. A impressão que o visual do jogo deixa realmente não é boa. A única coisa que se salva é o framerate e a movimentação, que ficou decente.

O som é apenas genérico. Muitas sem muita graça e efeitos sonoros comuns. Pelo menos a dublagem dos personagens parece ter sido feita pelos dubladores do anime. Mas a versão que estou jogando é a japonesa. Não esperem pelas mesmas vozes na versão americana.

Gameplay:

É aí que o jogo brilha. É o que eu sempre digo: gráfico e som é secundário. Jogo com gráficos e som ótimos, mas gameplay mediocre, vai ser um jogo mediocre. Mas jogo com gráficos e som mediocres, mas com gameplay ótimo, vai ser ótimo. É isso o que acontece com esse DB.

Tecnicamente ele é mediocre sim, mas em termos de gameplay é extremamente divertido. A mecanica mistura Street of Rage com Mario, ou seja, o jogo é de plataforma, mas ao inves de pular em cima dos inimigos, você os espanca no melhor estilo “briga de rua”.

A jogabilidade funciona muito bem. É bastante simples, mas bem legal de jogar. O level design também é excelente. Todas as fases apresentam algumas caracteristicas únicas e o jogo está sempre apresentando novidades pro jogador: novos inimigos, novos movimentos, novos elementos de estágio, etc. O jogo nunca fica monoto ou repetitivo (ao menos não até agora; eu estou mais ou menos na metade do game). Fora isso há batalhas com chefes que são bem legais. Quer dizer, os primeiros chefes são bem simples, mas conforme o jogo avança vão aparecendo uns chefes que exigem mais habilidade.

Os cenários também possuem caminhos alternativos que servem para o jogador achar itens especiais. Quem gosta dessa coisa de fazer 100% nos jogos vai precisar jogar pelo menos 2 vezes o game, pois é impossivel pegar tudo logo de primeira.

Há também uma modo de luta, mas é um merda. Porém, não dá pra reclamar. É um extra do game, então não dá exigir que seja tão bom quanto jogos de luta reais.

De qualquer forma, pra quem curte jogos old-school, esse Dragon Ball certamente é uma das melhores opções que existem por aí.

O jogo já foi anunciado pros USA e Europa. Acho que sai ainda esse ano.